domingo, 20 de maio de 2018

Luciano Albano Fernandes morto à tiros em Anapu

O empresário Luciano Albano Fernandes foi matado à tiros na área da antiga serraria da família Fernandes. Ele é irmão do ex-vice-prefeito de Altamira, Silvério Fernandes, e do fazendeiro e ex-vice-prefeito de Anapu, Laudelino Délio Fernandes.

Silvério Fernandes diz em vídeo que "invasores de terra entraram na casa onde moramos aqui em Anapu ... e deram dois tiros no peito dele". Mostrando a cara do Bolsonaro na camiseta, continua dizendo "Meu irmão, nos ajude! Nos temos que combater estes invasores de terra, estes criminosos..."

Segundo as mídias até o momento não se sabe o motivo do crime.


TV Cidade SBT, 20 de maio de 2018
Irmão de ex vice prefeito de Altamira é morto a tiros em Anapu
Foi assassinado à tiros em Anapu, o empresário e pioneiro na Região Transamazônica e Xingu, Luciano Albano Fernandes de 52 anos.

G1-O Globo, 20/05/2018
Irmão do ex-vice prefeito de Altamira é morto no município de Anapu
O empresário foi alvejado com três tiros quando estava na varanda de casa. A vítima ainda chegou a pedir ajuda para os irmãos que estavam na residência, mas não resistiu e morreu no local.


Os irmãos estavam envolvidos no assassinato da irmã Dorothy Stang em 2005 como também no inquérito do padre Amaro Lopes este março.

Veja o Análise do inquérito que motivou a prisão de padre Amaro da CPT :

SILVÉRIO FERNANDES é irmão do Fazendeiro LAUDELINO DÉLIO FERNANDES, que chegou a ser investigado por suposta participação no assassinato da Missionária Dorothy Stang em 2005. DÉLIO FERNANDES fazia parte junto com REGIVALDO PEREIRA GALVÃO, o “TARADÃO”, e outros fazendeiros da região de Anapu, da conhecida MÁFIA DA SUDAM. Essa ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA foi denunciada pelo Ministério Público Federal por fraudar projetos agropecuários e se apropriar de milhões da extinta SUDAM. DÉLIO FERNANDES foi denunciado pelo desvio de quase 5 milhões de reais, através de notas e contratos falsos. Para viabilizar os falsos projetos na SUDAM o grupo passou a se apropriar ilegalmente de terras públicas federais na região de Anapu. À época, Dorothy denunciou DÉLIO por se apropriar ilegalmente dos lotes: 56,58 e 61 da Gleba Bacajá.[1]

Dorothy denunciou também SILVÉRIO ALBANO FERNANDES de se apropriar ilegalmente do lote 75 da Gleba Bacajá. Em depoimento prestado no dia 28/11/2002, perante a Polícia Federal, Dorothy relatou uma ameaça sofrida por parte de SILVÉRIO:

“Que em meados de setembro quando a declarante se encontrava a pé na estrada TRANSAMAZÔNICA, um veículo parou para lhe oferecer carona, sendo que a declarante não conhecia o motorista; Que durante a carona o motorista se apresentou para a declarante como SILVÉRIO FERNANDES, dizendo para a mesma que ninguém invadisse suas terras, ou “TERIA SANGUE ATÉ A CANELA”. (fls. 1737 da ação penal que apurou o crime contra Dorothy).

No ano de 2002, REGIVALDO PEREIRA GALVÃO, se associou a SILVÉRIO FERNANDES, para adquirir o controle de LOTE 55; quem endossou o negócio foi DÉLIO FERNANDES. As negociatas sobre o Lote 55 entre Regivaldo, Délio e Silvério, prosseguiram até chegar em outro sócio da organização criminosa: VITALMIRO BASTOS DE MOUTRA, o “BIDA”. Foi esse grupo criminoso que decidiu a morte de Dorothy. No dia do assassinato da Missionária Dorothy Stang, BIDA se refugiou na fazenda de Délio Fernandes e ali permaneceu até sua fuga.


ÚLTIMO ADEUS A LUCIANO FERNANDES

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