sábado, 21 de abril de 2018

Comitê em apoio ao Padre Amaro divulga nota

Comitê em apoio ao Padre Amaro divulga nota sobre a criminalização da luta pela terra

O documento traz como mote central a denuncia da prisão política harbitrária do Padre José Amaro Lopes de Sousa, em Anapu, Pará, no final de março

Nesta quinta-feira, 20/04, o Comitê em apoio ao Padre Amaro divulgou nota a cerca da criminalização da luta pela terra na região norte.

O documento traz como mote central a denuncia da prisão política harbitrária do Padre José Amaro Lopes de Sousa, em Anapu, Pará, no final de março.

Integrante da equipe pastoral da Prelazia do Xingu, e da equipe da CPT, à qual pertencia a Irmã Dorothy Stang, assassinada em 2005, em Anapu, Padre Amaro sempre esteve na luta pelo direito à terra para os que dela precisavam.






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Por isso, os movimentos denunciam que a prisão do Pe. Amaro é uma medida que vem satisfazer a sanha dos latifundiários da região que pretendem de toda forma destruir o trabalho realizado por aqueles que lutam ao lado do povo para ver garantidos os seus direitos.

"Em Anapu, a verdadeira luta de Pe.Amaro é dar continuidade a causa de Ir. Dorothy, apoiando mulheres e homens que lutam por terra e as famílias de agricultores familiar já assentadas nos PDS’s, que produzem de forma sustentável, transformando terras, em um projeto de agricultura que além de garantir a subsistência das famílias e de abastecer as mesas da cidade, preservam florestas e águas da Amazônia paraense", afirma trecho da nota.

Fazem parte do Comitê Padre Amaro Livre, entidades e movimentos que o apoiam, como o MST, CPT, Cáritas, MAB, MST, MAM, Fetagri/Pa, Comitê Dorothy, MPC, CAIC, militantes defensores dos Direitos Humanos e Ambientais, além das igrejas Luterana e Metodista entre outras. O espaço segue aberto para adesão de outras organizações.

Confira nota. 

“Padre Amaro é um incansável defensor dos direitos
humanos e, por isso, é odiado pelos exploradores da região
(de Anapu) e por aqueles que acobertam seus crimes. Há
muito tempo que ele vem sendo ameaçado de morte pelos
latifundiários, por aqueles que querem se apropriar
criminosamente de terras públicas para explorá-las, às
custas da expulsão do povo que precisa das terras para
sobreviver”.
(Irmãs de Notre Dame de Namur)

Padre Amaro é mais uma vítima da criminalização da luta pela terra!

A prisão do Pe. Amaro é uma medida que vem satisfazer a sanha da Federação da Agricultura do
Pará(FAEPA) e dos latifundiários da região de Anapu que tentam de toda forma destruir o trabalho realizado por irmã Dorothy, pelas irmãs de Notre Dame de Namur, pela CPT e pela Prelazia do Xingu, numa tentativa de desmoralizar os que lutam ao lado dos pequenos para ver garantidos os seus direitos. E também se enquadra no contexto da tentativa de criminalização de Defensores de Direitos Humanos e dos Movimentos Populares.

O estado do Pará, historicamente conhecido pelos conflitos por terra e território em disputas com os latifundiários que, contando com a conivência dos governos conservadores, escravizam trabalhadores e trabalhadoras rurais, assassinaram a Dorothy, o casal de ambientalistas José Claudio e Maria do Espirito Santo, as lideranças camponesas Doutor, Fusquinha, Dezinho e promoveram a chacina de Pau D’arco, entre tantos outros. E Anapu/PA não escapa desse cenário!

Mas, em Anapu, a verdadeira luta de Pe.Amaro é dar continuidade a causa de Ir. Dorothy, apoiando mulheres e homens que lutam por terra e as famílias de agricultores familiar já assentadas nos PDS’s, que produzem de forma sustentável, transformando terras, em um projeto de agricultura que além de garantir a subsistência das famílias e de abastecer as mesas da cidade, preservam florestas e águas da Amazônia paraense.

Queremos Padre Amaro Livre!
Dorothy Vive!




Veja também:

A Nova Democracia, 20.4.2018
Nota em repúdio a prisão do Padre Amaro
Repercutimos a seguir nota feita pela Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) em repúdio a prisão de Padre Amaro, membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e grande defensor das lutas do povo.

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